Tenho observado que ultimamente tem surgido muitos casos de candidíase em calopsitas, alguns muito sérios com sintomas e agravantes de outras doenças.
Em meus estudos e pesquisas em fontes seguras descobri um fato de extrema importância, o fungo conhecido como cândida habita e faz parte muitas vezes do trato gastrointestinal das aves, fato este que nos leva a crer que o fungo é passado dos pais para o filhote quando os pais o alimentam. Sabemos então que trata se de um fungo "oportunista".
Existem diferentes de espécies de cândida, mas por se tratar de um fungo oportunista geralmente se desenvolve em animais jovens ou com baixa imunidade. A cândida provoca a formação de placas esbranquiçadas na cavidade oral e crostas nos cantos do bico. A candidíase afeta todo o aparelho digestivo das aves, mas tem uma ação mais concentrada no papo, causando o acúmulo de alimento e fermentação, dificuldade digestiva o que causa o emagrecimento da ave. Também pode ocorrer um diagnóstico diferencial para as placas brancas que envolve algumas vezes a deficiência de vitamina A.
É comum nos dias de hoje ver criadores usarem antifúngicos na papinha do filhote de forma indiscriminada para tratar ou prevenir. O uso de antifúngicos quando a ave ainda é filhote precisa ser muito analisada, pois além de desiquilibrar toda flora do trato intestinal e sobrecarregar o organismo do filhote, favorecendo o desenvolvimento de alguma bacteria que pode levar ofilhote à óbito.
O despreparo de muitos criadores que não se preocupam com a higiene adequada das gaiolas, ninhos e até mesmo do local onde ficam suas aves e pela falta de informação dos tutores pode comprometer muitas aves.
O fato é, ter um diagnóstico correto e usar medicamentos adequados ao fungo e isso vai de um antifúngico ao uso de algum antibiótico. Sendo de extrema importância não auto medicar e ter o acompanhamento de um médico veterinário. A célula fúngica é muito semelhante à célula animal, por isso o tratamento de candidíase é longo por um período não inferior a 30 dias. É importante incluir no tratamento o uso de probióticos e prebióticos com o intuito de recolonização e a criação de uma barreira competitiva em todo trato intestinal.
Renata Martins.
Rio de Janeiro, Maio/2018
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