CALOPSITAS X FOGOS DE ARTIFÍCIO
Para que suas Calopsitas tenham uma passagem de ano tranquila, resolvi preparar um artigo sobre os fogos de artifício, muito utilizados na virada de ano.
O barulho causado pelos fogos de artifício é responsável por acidentes diversos com aves.
As Calopsitas se assustam facilmente com os barulhos dos fogos e rojões. Por isso vale ressaltar, que o pânico desorienta a ave, que tende a voar desesperada, com ou sem as asas aparadas, e sem destino. Com o susto, muitas aves podem sofrer desde leves ferimentos nos canhões de penas à paradas cardiorrespiratórias, fora outros diversos problemas que podem levar a ave à óbito.
Para evitar tudo isso, ao organizar sua festa de final de ano com ou sem a visita de amigos e parentes, garanta as suas Calopsitas e outras aves condições mínimas de segurança e evite deixá-las em ambientes conturbados e barulhentos.
Procure sempre estar pronta a observar, tranquilizando suas Calopsitas e demais aves, transmitindo a sensação de que tudo está bem e sob controle. Para os papais e mamães de Calopsitas que consomem bebidas alcoólicas recomendo que sejam conscientes e prudentes com seus filhos de penas, pois podem precisar ser acalentados.
Alguns casais abandonam seus filhotes ou ovos com o grande susto dos fogos e rojões, para aqueles que tenham casais reprodutores, seria de extrema importância que não os deixem ter filhotes (reproduzirem) nessa época do ano.
Alguns casais abandonam seus filhotes ou ovos com o grande susto dos fogos e rojões, para aqueles que tenham casais reprodutores, seria de extrema importância que não os deixem ter filhotes (reproduzirem) nessa época do ano.
Perigos e Principais Consequências dos Fogos e Rojões
Fugas, aves que ficam soltas e não tem suas penas das asas aparadas ou em crescimento, mesmo as que tem as asas aparadas tendem a fugir em busca de lugares seguros; Ferimentos, lesões nos canhões de penas das asas e sangramento de leve a intenso; Traumas Emocionais, resultando em mudanças de temperamento tornando se mais agressivas; Bicadas contra os próprios donos e outras pessoas; Brigas com as demais aves, com os quais convivem inclusive; Morte e alteração do ciclo reprodutor dos animais da fauna silvestre; Abandono de filhotes ou ovos; Aprisionamento indesejado em lugares de difícil acesso na tentativa de se protegerem; Paradas cardiorrespiratórias etc...
Recomendações
Acomode suas Calopsitas dentro de casa, em lugar o mais tranquilo possível onde possam se sentir em segurança, com iluminação suave e se possível seria bom deixar um radio ligado com música suave e tranquila; Fechar portas e janelas para evitar fugas e acidentes fatais; Retirar do local qualquer objeto que possa ferir a sua Calopsita; Para tentar abafar um pouco mais o som, coloque panos pesados nas gaiolas ou viveiros (deixar uma brecha para passagem de ar), mas é bom ficar atento a temperatura ambiente, afinal estamos vivendo épocas de temperaturas altas.
Em alguns países, só é permitido soltar fogos em área previamente estabelecida afim de não prejudicar a fauna.
PREVENIR É MUITO IMPORTANTE, POIS SABEMOS QUE SÃO POUCOS OS VETERINÁRIOS DISPONÍVEIS NO PRIMEIRO DIA DO ANO.
Artigo 2:
Artigo 2:
Sei que é um assunto polêmico e possivelmente será desgastante tal publicação, mas faço até como forma de orientar aqueles que tem dúvida.
Respeito a opinião de todos!
CALOPSITAS NÃO PRECISAM DE ROUPAS OU COLEIRA!
Por terem penas, que têm como função primordial fornecer proteção à pele, que é extremamente fina e delicada. As penas das calopsitas e de qualquer ave têm como constituição substâncias que permitem o perfeito isolamento do seu corpo em relação ao ambiente, que servem como uma verdadeira barreira de proteção, mantendo a temperatura do corpo e controlando a umidade. A grande maioria dos criadores sabem, elas desprendem energia para manter a temperatura do corpo de forma constante e sua umidade, o uso deste tipo de acessório pode comprometer este processo do metabolismo natural delas como se estivessem com um “corpo estranho” (para nós seria como “um cisco no olho”), além de ficarem em constante forma de alerta o que pode causar estresse. Observem que a maioria das calopsitas que utilizam estes acessórios mantêm o topete baixo.
As aves mantêm sua plumagem sozinhas e jamais devem ser tratadas da mesma forma que se faz com um cachorro ou gato. Para manter a plumagem, ocorre um ciclo de renovação natural, cujo período é variável conforme a sua espécie, onde as penas velhas caem e as novas nascem, sendo expostas ao uso de tais acessórios mesmo que por um curto período pode comprometer este processo de renovação (lesão em canhões de penas e penas “encravadas”, podendo gerar inflamações na pele). Anormalidades deste tipo, certamente indicam que algo está errado com a saúde de sua ave. Com certeza lamentar depois não será de grande valia.
Aves não precisam de roupas, fraldas, coletes e coleiras, esses podem, sim, até pôr a ave em risco, além do possível estresse e incomodo as aves ficam sujeitas a fatores externos que as assustam com facilidade por que usando esses tipos de acessórios se sentem tolidas, sem mencionar o fato de que dependendo da região que se vive, estarão expostas a ataques de predadores. O simples e leve peso desses itens sobre o corpo das aves compromete a capacidade de voo, caso seja uma ave de gaiola mansa acaba não exercendo de forma correta esta capacidade (pode se debater de forma desordenada, como em casos de pânico noturno) caso necessite fugir ou reagir a algum fator.
Fraldas não devem ser usadas e essa definitivamente não é uma solução para manter sua casa limpa, se esta for uma questão fundamental para você, opte por não ter animais. Com o uso deste acessório elas podem vir a reter suas necessidades fisiológicas e comprometer o funcionamento habitual do organismo e levar a problemas complicados de saúde.
Por todos estes fatores neste assunto polêmico, sem fundamento algum para as calopsitas, a não ser satisfazer a vaidade humana é recomendado sempre o bom senso.
Artigo 3:
INTRODUÇÃO E MUDANÇA DE HÁBITOS ALIMENTARES EM CALOPSITAS
Novos Alimentos
Levando em consideração que um filhote de calopsita criado e alimentado pelos pais desperta sua curiosidade para alimentos sólidos a partir de 45 dias (alguns até antes), podemos afirmar então que está é a hora de introduzir uma alimentação saudável e balanceada na dieta deste filhote. Alimentos como: Frutas, Legumes (crus ou cozidos sem sal, gordura ou tempero), verduras cruas, ovo cozido (sem sal), milho escaldado (sem sal), farinhadas, rações de valores nutricionais recomendadas para calopsitas, e rações extrusadas (essas rações são encontradas com facilidade em pet shops, sites e lojas do ramo), podem começar a fazer parte do cardápio do filhote.
Nunca é demais lembrar que os pais deste filhote também devem ter e possuir uma dieta saudável e diversificada, por que os filhotes na fase de aprendizado aprendem com os pais bons hábitos alimentares, pois passam a imitá-los.
Nunca é demais lembrar que os pais deste filhote também devem ter e possuir uma dieta saudável e diversificada, por que os filhotes na fase de aprendizado aprendem com os pais bons hábitos alimentares, pois passam a imitá-los.
Uma calopsita também precisa ter horários regrados, como horários de descanso a tarde e horário para dormir a partir do pôr do sol, tendo em vista que acordam ao nascer dele. Levanto esta questão, devido ao fato de que calopsitas agitadas e estressadas costumam estar em constante sinal de alerta e tensão, assim sendo, mesmo tendo alimentos a disposição tendem a não se alimentar de forma correta em ambos os sentidos (comem pouco ou comem demais).
O melhor horário para oferecimento de alimentos novos e diferentes das rações, até mesmo da mistura de sementes é a parte da manhã, por ser a primeira refeição do dia. Após o período de descanso (sono da noite) apresentam-se mais dispostas para comer e ingerir água, embora belisquem basicamente o dia inteiro devido ao metabolismo acelerado, costumam se alimentar de maiores porções de manhã e a tarde, sendo estes então os melhores horários para introdução de novos alimentos.
O melhor horário para oferecimento de alimentos novos e diferentes das rações, até mesmo da mistura de sementes é a parte da manhã, por ser a primeira refeição do dia. Após o período de descanso (sono da noite) apresentam-se mais dispostas para comer e ingerir água, embora belisquem basicamente o dia inteiro devido ao metabolismo acelerado, costumam se alimentar de maiores porções de manhã e a tarde, sendo estes então os melhores horários para introdução de novos alimentos.
Mas, você deve estar se perguntando: “Criei este filhote na papinha, como faço”?
Basicamente o mesmo processo, sendo que, se este filhote não tiver referência de outras calopsitas para iniciar a alimentação, imitar hábitos e despertar seus instintos naturais, tenha certeza que seus esforços serão dobrados e a referência precisa ser você. Sim, isso mesmo! Ele se tornou dependente de você!
Quando realizar o preparo de novos alimentos (frutas, verduras, legumes, ovo cozido, canjiquinha de milho, etc...), interaja com ele neste momento. Mexa no comedouro ou no prato onde estiver o alimento, pegue com as mãos e se for o caso ofereça a ele. Insista diariamente neste ritual, além de deixar disponíveis no comedouro rações diversificadas. Não se esqueça da água!
Muitas pessoas reclamam que nos primeiros dias os filhotes não comem, não experimentam, não chegam nem perto ou largam pra lá. Compreendo que não é fácil, requer disponibilidade e paciência, fora o fato do pensamento sobre o desperdício da comida. Não pense assim! Tenha certeza que vale a pena pelo simples fato de que está zelando pela vida, saúde e aumentando a longevidade deles. Para tentar evitar este “desperdício” procure preparar pequenas porções por vez, até por que, dependendo do que for oferecido não deve ficar exposto por mais de 2 horas.
Outro fator interessante na introdução de novos alimentos aos filhotes criados na papa ou alimentados pelos pais, é que o ideal seria introduzir os novos alimentos de forma individual. Desta forma você poderá notar qual dos alimentos agrada mais o filhote e a partir deste “preferido” misturar outros, ele acaba bicando todos, mesmo que a principio acabe bicando somente o preferido.
Se em algum momento o desânimo começar a surgir, lembre-se sempre do IPC (Calma! Não é nenhum novo imposto!).
Insista! Persista! Consiga!
Mudança na Alimentação (não é fácil, mas não é impossível!)
Antigamente só era encontrada para venda no mercado a mistura de sementes (composta de painço, alpiste, arroz com casca, aveia com casca, cártamo e girassol), mas com o passar do tempo foram observadas alterações no organismo das calopsitas, tais como:
- Comprometimento nos sistemas respiratório, digestivo, intestinal e locomotor;
- Avançados graus de intoxicações alimentares;
- Problemas graves nos rins e fígado.
- Comprometimento nos sistemas respiratório, digestivo, intestinal e locomotor;
- Avançados graus de intoxicações alimentares;
- Problemas graves nos rins e fígado.
Esses problemas ocorrem pela falta de balanceamento adequado da mistura de sementes e também pelas alterações que sofrem no ambiente onde ficam expostas; principalmente as vendidas a granel, que são as que mais sofrem mudanças (inclusive contaminações). Assim, algumas empresas unidas a veterinários, resolveram desenvolver e criar rações, farinhadas e rações extrusadas, com valores nutricionais adaptados, recomendados e preventivos, maravilhosas para complementar a alimentação de várias aves criadas em cativeiro, incluindo as calopsitas.
Pelo amor dos anjos que protegem as calopsitas, não estou dizendo para excluir da dieta deles a mistura de sementes, estou apenas alertando que não deve ser a única fonte de alimentação. Cito como exemplo as sementes de girassol que eles simplesmente amam e que estão presentes nas misturas vendidas atualmente. Essas guloseimas só devem ser oferecidas com moderação ou somente utilizadas como agrado uma vez ou outra, devido ao alto teor de gordura que possuem.
O processo de mudança nos hábitos alimentares pode ser basicamente o mesmo usado na introdução de alimentos na dieta de filhotes criados na papinha ou alimentados pelos pais, porém a resistência e rejeição de aves acima de 6 meses e adultas pode ser extremamente maior, o que leva muitas vezes o dono a desanimar e desistir ou simplesmente optar por uma suplementação vitamínica medicamentosa.
E por falar sobre suplementação vitamínica medicamentosa, vale lembrar que sem a realização de exames que comprovem a deficiência de determinadas vitaminas no organismo das calopsitas, ao se optar por um complexo vitamínico, por exemplo, você automaticamente estará gerando uma sobrecarga de vitaminas que estão estáveis no organismo dela, gerando uma hipervitaminose (excesso de vitaminas) no organismo da ave, isso sem falar no comprometimento de rins e fígado, dependendo do grau de intoxicação.
Acredite, o tratamento para estes casos não é tão simples quanto parece. O uso de antitóxicos debilita demais a ave, podendo baixar a imunidade e consequentemente abrir as portas para doenças. Agora, se através de exames e acompanhamento veterinário, for constatada a deficiência de vitaminas específicas que estejam comprometendo a saúde dela, o próprio médico veterinário indicará a suplementação de forma correta para uma rápida ação e restabelecimento da saúde de sua calopsita. Mas, pelo que vi até hoje, acredito que este também indicará a mudança nos hábitos alimentares.
Assim como para nós humanos a importância de uma boa alimentação é imprescindível para ter e manter uma boa saúde, para elas devemos adotar o mesmo raciocínio. Vamos tentar?
Já sabemos que o maior consumo alimentar se dá na parte da manhã, nesta hora retire toda a porção de mistura de sementes dos comedouros e substitua por ração indicada a espécie ou ração extrusadas. Disponha também de frutas, legumes e verduras misturadas com farinhadas, podendo no início salpicar algumas sementes por cima para aguçar a curiosidade deles em experimentar novos alimentos.
Algumas vezes é recomendável que se triture ou pique bem os novos alimentos, porque quando se coloca alimentos inteiros dentro do gaiolão e/ou viveiro, por exemplo, uma folha de couve inteira, elas podem se assustar ou ficar desconfiadas. Nessa situação algumas agem como se literalmente tivesse um monstro dentro da gaiolão e/ou viveiro e nem chegam perto. Colocar os alimentos em um prato raso também é uma boa opção, além de despertar uma maior curiosidade, desperta também o instinto natural de bicar no chão os alimentos e acredite este é um instinto que não perdem.
Realize este procedimento todos os dias e observe quais são os novos alimentos que ela demonstrou preferência, a partir desse momento pode começar a misturar os que quer incluir aos poucos.
E aí? Deu certo? Não? Sua ave tem personalidade forte? Lembre-se que você é a parte que possui maior capacidade racional, ou seja, mostre para ela quem é mais teimoso!
Nesta fase de mudança e levando em consideração que você seja uma pessoa observadora e atenta, estipule horários para disponibilizar alimentos para ela. Não é para deixar a ave com fome, pelo amor de Deus!
A noite retire todos os comedouros da gaiola e/ou viveiro, o bebedouro deve ficar, pois normalmente ingerem pouco líquido o que não gera grandes alterações no apetite delas. Feito isso, inicie a adaptação com os novos alimentos na primeira refeição do dia. Frutas, legumes (crus ou cozidos sem sal, gordura ou tempero), verduras cruas, ovo cozido (sem sal), milho escaldado (sem sal) e canjiquinha cozida (sem sal ou tempero). Levando em consideração a deterioração natural de cada alimento não deixe mais de 2h exposto. Após este período disponha nos comedouros as rações e extrusadas.
Não é de um dia para o outro, às vezes demoram meses para se adaptarem e aceitarem os novos alimentos. Com disponibilidade, amor, paciência e uma dose cavalar de teimosia, acredito que esta mudança seja possível.
Boa sorte!
Artigo 4:
CONTRABANDO DE ANIMAIS
Antes de qualquer coisa, preciso desabafar o quanto foi difícil escrever este artigo. Já tinha ouvido falar sobre contrabando de animais e sempre repudiei esse comércio, que além de ilegal é extremamente prejudicial para a natureza e o equilíbrio ecológico, mas nunca imaginei como essa prática se desenvolvia. Confesso que quase não consegui terminar esse artigo e algumas vezes cheguei a pensar em desistir, pois a vontade de chorar era incontrolável ao descobrir como o ser humano (se é que podemos chamar esse ser de humano) é cruel! Após pesquisar, conversar com amigos e conhecidos que trabalham em órgãos de combate a esse tráfico e ir pessoalmente com meu marido em “feiras” de animais que não são regularizadas para fazer pesquisa de campo, fiquei chocada com o que vi e ouvi. Infelizmente, por motivo de segurança, não vou poder citar nomes ou locais visitados por nós, mas posso adiantar que são famosos aqui no Rio de Janeiro e que provavelmente todos conhecem, porque em nossas visitas a essas “feiras” percebemos que sempre estavam lotadas.
O Brasil é o país com a maior diversidade de aves do planeta, são aproximadamente 1,8 mil espécies, o que representa cerca de 20% das espécies existentes no mundo. Infelizmente o que deveria ser motivo de orgulho, se torna motivo de preocupação, porque com toda essa riqueza de nossa fauna, cada vez mais aumenta o número de apreensões feitas no combate ao tráfico de animais.
O Brasil é o país com a maior diversidade de aves do planeta, são aproximadamente 1,8 mil espécies, o que representa cerca de 20% das espécies existentes no mundo. Infelizmente o que deveria ser motivo de orgulho, se torna motivo de preocupação, porque com toda essa riqueza de nossa fauna, cada vez mais aumenta o número de apreensões feitas no combate ao tráfico de animais.
Segundo minhas pesquisas, o tráfico de animais silvestres gera mais de R$ 4 bilhões em todo o Brasil, perdendo apenas para o tráfico de armas e o tráfico de drogas. Infelizmente as aves estão entre os animais mais contrabandeados, representando 80% das espécies comercializadas no “mercado negro”.
Dessas aves 90% são passeriformes, devido a beleza e a capacidade de cantar. Espécies como curiós, canários da terra, coleiros e trinca-ferro são os preferidos pelos contrabandistas. Os psitacídeos como os papagaios, jandaias e araras representam 6% e as outras ordens 4%.
Dependendo da ave e sua espécie, o preço pago no “mercado negro” varia entre R$ 10,00 (valor pago aos “caçadores”) até 30 mil dólares (valor pago pelo comprador no exterior em aves que são utilizadas em competições de canto).
Um bom exemplo disso é a arara-azul-de-lear que é natural do Nordeste e que está ameaçada de extinção. Pasmem vocês leitores do Blog, que o valor dessa ave no mercado internacional chega ao valor de 150 mil dólares.
Arara Azul de Lear (Ameaçada de Extinção)
Mas a barbárie e a ganância humana não param por aí, ela se estende a outros animais como o mico-estrela, o macaco-prego, a preguiça-de-três-dedos, o tamanduá-mirim, a cascavel, o jacaré, a iguana, o peixe cardeal e acreditem se quiser; até as borboletas, os escorpiões e as aranhas não escapam desses mercenários.
Os animais capturados são transportados em condições extremamente precárias, ficando longos períodos sem alimento e água em espaços muito pequenos. Infelizmente a maioria morre no caminho e a taxa de mortalidade é maior entre os filhotes, que precisam de alimentação às vezes de duas em duas horas. Segundo estatísticas feitas por órgãos de combate ao tráfico de animais silvestres, nove em cada 10 animais morrem no transporte.
A maioria desses “compradores” pertence ao mercado exterior, com uma maior incidência nos países Europeus e Asiáticos, mas aqui no Brasil também existem pessoas que contribuem para a proliferação desse comércio ilegal.
Infelizmente uma parte desses animais, também é comprada dentro do Brasil para as mais diversas finalidades (criação ilegal, exploração das peles e/ou penas, pesquisas científicas ilegais e toda sorte de atrocidades que os seres humanos podem criar).
Combater esse comércio maldito não é fácil, porque não adianta somente fazer apreensões, aplicar multas e autuar o vendedor. Existe toda uma cadeia de interesses econômicos por trás dessa atividade ilegal. Essa cadeia começa na exploração das populações que são abandonadas pelo poder público e vivem em estado de extrema pobreza. Essas pessoas acabam se transformando em “caçadores” de animais para conseguir sustento para suas famílias. Seguindo com a cadeia hierárquica desse comércio criminoso, vem o aliciador, que oferece dinheiro para a captura dos animais, seguido dos transportadores (geralmente são donos de embarcações, carros, caminhões, aeronaves, etc...), de tripulantes de aeronaves e funcionários de aeroportos (que facilitam a passagem dos animais dentro das bagagens), de servidores públicos que “facilitam as coisas” em troca de um “agrado” e até de criadouros autorizados que são usados para legalizar animais com documentos e anilhas “frias”. Ouvi relatos que já houve casos de criadores registrados que usaram esse status para vender animais sem autorização por até 15 mil reais.
Para se ter uma ideia de como funciona a “falsa legalização”, o funcionário de um órgão de combate ao tráfico de animais silvestres que é amigo do meu marido, nos disse que um filhote de papagaio é vendido aos traficantes por valores entre 30 e 50 reais. Esses mesmos criminosos revendem essa ave em feiras clandestinas no Sudeste por valores entre 500 e 1000 reais. Depois de acertada a compra, o traficante oferece o “serviço de legalização” feito por “criadouros cadastrados”. É nesse momento que a ave recebe documentos e anilhas frias. Essa “legalização” custa em média de 2.000 a 3.500 reais.
Esse tráfico só existe, porque tem compradores que os mantém. Recentemente foi descoberto no Facebook que as máfias da Malásia estavam usando essa rede social para comercializar espécies protegidas. A ONG Traffic rastreou 14 grupos do Facebook, que estavam estabelecidos na Malásia e vendiam animais selvagens da fauna do Sudeste Asiático.
Das espécies vendidas por essas máfias, 50% são de animais protegidos pelas leis malaias de conservação da vida selvagem e os outros 50% são amparados pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestre).
Essa mesma ONG comunicou ao Facebook a descoberta, que como não poderia deixar de ser, tomou as devidas providências e está colaborando para a busca de soluções para coibir essa prática ilegal.
Segundo um representante do Facebook, a empresa não permite o comércio de animais em risco de extinção e eliminará qualquer publicação desse gênero.
Para quem quiser conhecer mais sobre a ONG Traffic é só acessar o site deles.
Agora só depende de nós, se vamos fazer a diferença ou não. Se souberem de qualquer publicação sobre comércio de animais silvestres (seja qual for o país), DENUNCIEM! Não estaremos apenas ajudando a acabar com esse comércio desumano, estaremos ajudando a natureza e aos nossos filhos e netos.
Antes de comprar aquele casaco de couro ou aquela bijuteria de pena, se lembre de quantos filhotes foram arrancados de seus pais, torturados e mortos para que esse casaco ou esse brinco chegasse até você.
Espero que esse artigo conscientize a todos que o lerem, foram aproximadamente 7 meses de pesquisas, visitas, entrevistas informais e riscos que eu e meu marido passamos para levar ao conhecimento de vocês como funciona esse comércio maldito que só enriquece quem já é rico e empobrece o planeta cada vez mais.
PEÇO DESCULPAS pelas imagens a seguir, mas é necessário para que todos que lerem este artigo tenham a verdadeira dimensão sobre o TRÁFICO DE ANIMAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Os animais capturados são transportados em condições extremamente precárias, ficando longos períodos sem alimento e água em espaços muito pequenos. Infelizmente a maioria morre no caminho e a taxa de mortalidade é maior entre os filhotes, que precisam de alimentação às vezes de duas em duas horas. Segundo estatísticas feitas por órgãos de combate ao tráfico de animais silvestres, nove em cada 10 animais morrem no transporte.
A maioria desses “compradores” pertence ao mercado exterior, com uma maior incidência nos países Europeus e Asiáticos, mas aqui no Brasil também existem pessoas que contribuem para a proliferação desse comércio ilegal.
Infelizmente uma parte desses animais, também é comprada dentro do Brasil para as mais diversas finalidades (criação ilegal, exploração das peles e/ou penas, pesquisas científicas ilegais e toda sorte de atrocidades que os seres humanos podem criar).
Combater esse comércio maldito não é fácil, porque não adianta somente fazer apreensões, aplicar multas e autuar o vendedor. Existe toda uma cadeia de interesses econômicos por trás dessa atividade ilegal. Essa cadeia começa na exploração das populações que são abandonadas pelo poder público e vivem em estado de extrema pobreza. Essas pessoas acabam se transformando em “caçadores” de animais para conseguir sustento para suas famílias. Seguindo com a cadeia hierárquica desse comércio criminoso, vem o aliciador, que oferece dinheiro para a captura dos animais, seguido dos transportadores (geralmente são donos de embarcações, carros, caminhões, aeronaves, etc...), de tripulantes de aeronaves e funcionários de aeroportos (que facilitam a passagem dos animais dentro das bagagens), de servidores públicos que “facilitam as coisas” em troca de um “agrado” e até de criadouros autorizados que são usados para legalizar animais com documentos e anilhas “frias”. Ouvi relatos que já houve casos de criadores registrados que usaram esse status para vender animais sem autorização por até 15 mil reais.
Para se ter uma ideia de como funciona a “falsa legalização”, o funcionário de um órgão de combate ao tráfico de animais silvestres que é amigo do meu marido, nos disse que um filhote de papagaio é vendido aos traficantes por valores entre 30 e 50 reais. Esses mesmos criminosos revendem essa ave em feiras clandestinas no Sudeste por valores entre 500 e 1000 reais. Depois de acertada a compra, o traficante oferece o “serviço de legalização” feito por “criadouros cadastrados”. É nesse momento que a ave recebe documentos e anilhas frias. Essa “legalização” custa em média de 2.000 a 3.500 reais.
Esse tráfico só existe, porque tem compradores que os mantém. Recentemente foi descoberto no Facebook que as máfias da Malásia estavam usando essa rede social para comercializar espécies protegidas. A ONG Traffic rastreou 14 grupos do Facebook, que estavam estabelecidos na Malásia e vendiam animais selvagens da fauna do Sudeste Asiático.
Das espécies vendidas por essas máfias, 50% são de animais protegidos pelas leis malaias de conservação da vida selvagem e os outros 50% são amparados pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestre).
Essa mesma ONG comunicou ao Facebook a descoberta, que como não poderia deixar de ser, tomou as devidas providências e está colaborando para a busca de soluções para coibir essa prática ilegal.
Segundo um representante do Facebook, a empresa não permite o comércio de animais em risco de extinção e eliminará qualquer publicação desse gênero.
Para quem quiser conhecer mais sobre a ONG Traffic é só acessar o site deles.
Agora só depende de nós, se vamos fazer a diferença ou não. Se souberem de qualquer publicação sobre comércio de animais silvestres (seja qual for o país), DENUNCIEM! Não estaremos apenas ajudando a acabar com esse comércio desumano, estaremos ajudando a natureza e aos nossos filhos e netos.
Antes de comprar aquele casaco de couro ou aquela bijuteria de pena, se lembre de quantos filhotes foram arrancados de seus pais, torturados e mortos para que esse casaco ou esse brinco chegasse até você.
Espero que esse artigo conscientize a todos que o lerem, foram aproximadamente 7 meses de pesquisas, visitas, entrevistas informais e riscos que eu e meu marido passamos para levar ao conhecimento de vocês como funciona esse comércio maldito que só enriquece quem já é rico e empobrece o planeta cada vez mais.
PEÇO DESCULPAS pelas imagens a seguir, mas é necessário para que todos que lerem este artigo tenham a verdadeira dimensão sobre o TRÁFICO DE ANIMAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Como Denunciar:
É importante que o cidadão apresente dados claros e precisos sobre a denúncia a ser formulada;
A insuficiência de dados, na maioria das vezes, impossibilita ou retarda o atendimento da denúncia;
Os dados cadastrais do informante (nome, telefone, endereço) são mantidos em sigilo, visando resguardar a sua integridade física e conforme preceitua o direito individual dos cidadãos em relação à inviolabilidade de sua intimidade;
É necessário informar com clareza qual o tipo de crime que está ocorrendo, exemplo: cativeiro de animais, desmatamento, poluição, caça, acidente com produtos químicos, degradação de área, maus tratos de animais, queimada, contra servidores, irregularidades administrativas, pesca predatória, entre outros;
Dados precisos sobre a localização são indispensáveis para o registro da denúncia:
- Em área urbana:
Estado, município, bairro, rua, o número da residência, ponto de referência, e, se possível, informar o nome ou apelido do suposto infrator.
- Em área rural:
Estado, município, distrito, estrada (nome), quilômetro, em qual direção, exemplo: saindo do município X em direção ao município Y. Se necessário seguir por alguma entrada, informar se o dano ambiental está às margens direita ou esquerda. Citar pontos de referência. E, se possível, informar o nome ou apelido do suposto infrator.
A riqueza de detalhes sobre a localização é fundamental para que a fiscalização possa encontrar com agilidade o local do suposto crime.
Caso tenha alguma dúvida sobre os dados a serem informados, entrar em contato com a Central de Atendimento - Linha Verde - através do telefone 0800-618080, onde atendentes poderão esclarecer suas dúvidas e registrar sua denúncia.
É Importante esclarecer que, após o encaminhamento da denúncia para atendimento, a unidade responsável terá um prazo de até trinta dias para se manifestar.
É Importante esclarecer que, após o encaminhamento da denúncia para atendimento, a unidade responsável terá um prazo de até trinta dias para se manifestar.
Façamos a nossa parte!
Muito Legal Esse Novo Artigo!
ResponderExcluirMuito obrigada!
ExcluirFico muito feliz em saber que de alguma forma ajudamos.
Vem muito mais por aí, aguarde.
Estarei Aguardando!!
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