Hoje vou falar da Doença de Dilatação do Proventrículo (BORNAVÍRUS)
Trata-se
de uma doença fatal, que atinge mais de 50 espécies diferentes de aves
domésticas e silvestres por todo o mundo. Esta doença é caracterizada por
infiltrações nos gânglios do sistema nervoso central e periférico, originando
alterações neurológicas e/ou disfunções do aparelho digestivo. É uma doença que
até a presente atualidade é classificada como viral (Bornaviridae), apesar da
dificuldade ainda encontrada para afirmar tal fato.
É
uma doença que acomete aves de todas as idades, destrói os nervos do trato
gastrointestinal, e tem alto índice de mortalidade.
Principais
sintomas e sinais clínicos:
-
Perda de peso;
-
Regurgitação;
-
Fezes com alimento não digerido;
-
Incoordenação;
-
Tremores;
-
Fome constante.
Diagnóstico:
- Geralmente o diagnóstico é possível através de exame radiográfico (Rx) simples,
neste se observa proventrículo e ventrículo aumentados; e também o radiográfico
contrastado (Que permite visualizar a passagem de alimento pelo trato digestivo
de forma lenta) a parede do proventrículo apresenta se mais fina.
-
Biópsia (exame histopatológico) da parede do inglúvio, a amostra deve incluir
uma veia grande para observação dos nervos, infelizmente a maioria dos casos são
confirmados com este exame.
Tratamento:
Infelizmente
é uma doença de tratamento difícil, algumas aves respondem bem ao tratamento,
mas para isso é de extrema importância o diagnóstico precoce da doença.
-
A alimentação deve ser oferecida úmida, com maior quantidade de fibras e pouca
semente;
-
Antibióticos de amplo espectro, indicados pelo veterinário;
-
Procinético, que é um tipo de fármaco que acelera o esvaziamento gástrico para
aliviar os sintomas da doença de refluxo gastro-esofágico;
-
Antinflamatórios não esteroidais.
Mais
uma vez atentamos a um fator de extrema importância na vida de sua ave, observe!
Quanto mais rápido perceber possíveis sintomas e a doença for tratada maior
será a chance de sobrevivência dela.
Existem
aves que são portadoras e não apresentam sinais clínicos, com essa informação
atentamos a importância da realização de exames periódicos na sua ave e/ ou seu
plantel. Aves portadoras irão gerar filhotes portadores.
A
ave acometida da doença e que se recupera será uma portadora da doença, assim sendo,
serão aves que não apresentam sintomas clínicos.
Renata Martins.
Rio
de Janeiro, 25 de novembro de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário