sábado, 25 de novembro de 2017

Hoje vou falar da Doença de Dilatação do Proventrículo (BORNAVÍRUS)

Trata-se de uma doença fatal, que atinge mais de 50 espécies diferentes de aves domésticas e silvestres por todo o mundo. Esta doença é caracterizada por infiltrações nos gânglios do sistema nervoso central e periférico, originando alterações neurológicas e/ou disfunções do aparelho digestivo. É uma doença que até a presente atualidade é classificada como viral (Bornaviridae), apesar da dificuldade ainda encontrada para afirmar tal fato.

É uma doença que acomete aves de todas as idades, destrói os nervos do trato gastrointestinal, e tem alto índice de mortalidade.

Principais sintomas e sinais clínicos:

- Perda de peso;
- Regurgitação;
- Fezes com alimento não digerido;
- Incoordenação;
- Tremores;
- Fome constante.

Diagnóstico:

- Geralmente o diagnóstico é possível através de exame radiográfico (Rx) simples, neste se observa proventrículo e ventrículo aumentados; e também o radiográfico contrastado (Que permite visualizar a passagem de alimento pelo trato digestivo de forma lenta) a parede do proventrículo apresenta se mais fina.

- Biópsia (exame histopatológico) da parede do inglúvio, a amostra deve incluir uma veia grande para observação dos nervos, infelizmente a maioria dos casos são confirmados com este exame.

Tratamento:

Infelizmente é uma doença de tratamento difícil, algumas aves respondem bem ao tratamento, mas para isso é de extrema importância o diagnóstico precoce da doença.

- A alimentação deve ser oferecida úmida, com maior quantidade de fibras e pouca semente;
- Antibióticos de amplo espectro, indicados pelo veterinário;
- Procinético, que é um tipo de fármaco que acelera o esvaziamento gástrico para aliviar os sintomas da doença de refluxo gastro-esofágico;
- Antinflamatórios não esteroidais.

Mais uma vez atentamos a um fator de extrema importância na vida de sua ave, observe! Quanto mais rápido perceber possíveis sintomas e a doença for tratada maior será a chance de sobrevivência dela.

Existem aves que são portadoras e não apresentam sinais clínicos, com essa informação atentamos a importância da realização de exames periódicos na sua ave e/ ou seu plantel. Aves portadoras irão gerar filhotes portadores.

A ave acometida da doença e que se recupera será uma portadora da doença, assim sendo, serão aves que não apresentam sintomas clínicos.

Renata Martins.

Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2017.

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