terça-feira, 2 de junho de 2020

Alteração hormonal em calopsitas

As alterações hormonais em calopsitas 





Fique atento aos problemas que as alterações hormonais podem gerar em sua calopsita. Um dos mais sérios é a postura crônica ou prolongada, ocorre quando a fêmea sexualmente madura tem posturas sequências com intervalo entre posturas muito curto, ou seja, botam certo número de ovos não iniciam corretamente o choco e fazem nova postura de ovos. Geralmente não galados. 

Devemos lembrar que a maioria das fêmeas possui somente o ovário esquerdo, sendo o direito ausente ou desprovido de evolução. A maturação do ovário se inicia através de um processo que chamamos de foto periodismo positivo, que nada mais é do que a sensibilização do organismo quando gradativamente ocorre o aumento de período de LUZ por dia , o que acontece geralmente ocorre na primavera . Com os dias se tornando mais longos ocorre a estimulação luminosa do organismo da ave por sensibilização do nervo óptico, fazendo com que o processo sexual "estimulatório" se inicie. 

A hipófise que é uma glândula cerebral ativa o hipotálamo, parte situada na base do cérebro, onde se encontram numerosos centros do sistema nervoso simpático e parassimpático (reguladores do sono, do apetite, da temperatura corporal etc.) que começa a produzir fatores de liberação de hormônios, fazendo com que ocorra a produção de hormônios que atuam na maturação dos folículos do ovário, até a sua liberação e formação do ovo. 

O equilíbrio destes hormônios é muito delicado, sendo que quando um deles se eleva muito no organismo, automaticamente há um estímulo negativo para que cesse a produção de um hormônio e este estimula a própria hipófise na produção de outros hormônios. Já com alta de outros hormônios há a estimulação para que pare de produzir um determinado tipo de hormônio, diminuindo-se assim a produção de outros específicos. Ou seja, tanto um quanto o outro pode agir para que ocorra o aumento ou diminuição da sua produção hormonal. 

Não chocam como antes, abandonam o ninho e logo em seguida fazem nova postura e assim sucessivamente. A causa do problema está relacionada a alteração hormonais destas fêmeas, pois a postura é determinada por um equilíbrio muito mais delicado de hormônios de ações sexuais (hipófise) e hipotalâmicos. As posturas crônicas não são tão comuns em aves silvestres, mas muitos de nós já possuímos aves que criaram de modo normal e sofreram alteração hormonal. Após o seu pleno desenvolvimento, o folículo sofre a ação de outros hormônios e assim promovem a sua liberação ou ovulação no trato genital da fêmea, onde desenvolve até a formação do ovo, sendo então posto. 

Como vemos o desequilíbrio destes hormônios pode fazer com que ocorra um excesso de estímulo no ovário, levando a posturas mais frequentes e irregulares. Várias mudanças podem favorecer o aparecimento do problema de alteração hormonais por excesso de estímulo sexual das fêmeas como exemplo podemos citar: 

- A presença de machos fogosos emitindo sons para outras fêmeas pedindo gala; fêmeas com filhotes; entre outras; 

- Alimentação muito rica em cálcio vitaminas e proteínas, favorecendo a produção de hormônios; 

- Excesso de estimulação luminosa; 

- Administração de medicamento para estimulação (proprietário oferece ou efetua tratamento com o fornecimento de hormônios). 

Outros problemas que decorrem das alterações hormonais são resultantes do próprio desgaste que a ave sofre com as posturas sequenciais, pois perdem cálcio, vitaminas, proteína, gorduras, açucar e minerais diversos. Podem assim desenvolver quadros de desnutrição, desgaste orgânico geral, ovos virados e ovos sem casca, entre outras situações decorrentes do excesso de oviposição (posturas). 

O diagnóstico é feito exclusivamente pelo próprio quadro que a ave apresenta e as posturas sequenciais. O tratamento se baseia em desestimular a fêmea. Podemos: 

- “Enfraquecer" a alimentação, diminuindo fontes de cálcio;

- Diminuir o período de LUZ por dia; 

- Mudar a ave de ambiente, retirando-a de perto dos machos, outras fêmeas com filhotes e fêmeas pedindo gala; 

- Não automedicar as aves; entre outras medidas medicamentosas sem avaliação de um veterinário especializado. 

A prevenção é incerta, pois não se pode prever que a ave vá desenvolver tal distúrbio. Por esse simples fato só podemos acompanhar a ave e se ocorrer posturas sequências podemos afirmar que estamos diante de um quadro de alteração hormonal e postura crônica. 

Em caso de dúvidas procure sempre o auxílio de um Médico Veterinário especializado. 

Renata Martins.


Apenas um alerta

Olá Pessoal!!!

Hoje quero conversar com vocês sobre algo que tenho observado muito neste período de quarentena que estamos vivendo, além das fugas de aves que aumentou consideravelmente. Mesmo com todas as dicas de cuidados disponíveis em diversos grupos e páginas sobre nossas amadas penudinhas.

Ataques de predadores (ratos, ratazanas, gatos e aves de rapina)


Com a quarentena decretada, o fluxo de pessoas nas ruas diminuiu muito em determinados períodos do dia, mudando totalmente a rotina humana e com isso os animais também perceberam a nossa ausência.

O que estou relatando para vocês li em alguns jornais e projetos de vida animal, estes também informam esse fato. Os animais estão mais "confortáveis" sem tanta presença humana.

Alguns exemplos deste fato foram: Uma ave rara de hábitos noturno foi fotografada ao anoitecer em um ponto de ônibus na cidade de São Paulo -SP / Brasil; O número de tubarões, baleias e golfinhos nas orlas brasileiras também aumentou; aparecimento de cobras fora da zona urbana e infestação de ratos tem incomodado em diversas e diferentes regiões.

Pena que com isso o número de ataques com mordeduras sérias e mutilações em aves mantidas em "cativeiro" também aumentou. Assim como o "sumiço" causado por cobras em locais onde as residências ficam próximas de mata.

Então pessoal, quem tem viveiros externos e/ ou gaiolões que podem ficar em área de quintal redobrem os cuidados com ataques de animais e também os gatos. Não deixem um instante sequer sem observação, pois um segundo de distração pode ser fatal para nossas penudinhas.

As aves de diversas espécies são sensíveis às bactérias contidas na saliva de roedores (ratos, ratazanas, etc...), tornando dolorosa a ferida, de difícil tratamento e com sério risco de óbito. Assim como a mordedura de gatos e cachorros.

Os animais não são culpados. Cada um deles age pelo instinto natural pertinente à sua espécie, além disso existe toda uma cadeia alimentar a qual o ser humano faz parte e está no topo. Infelizmente devido ao comportamento dos humanos me atrevo a dizer que é um dos maiores predadores que existem na face da terra. Por isso, não precisam sair matando todo animal que se vê pela frente, ao invés disso, deve-se encontrar meios de proteger suas aves.

Quem tem viveiros externos por exemplo, poderia adquirir viveiros menores para acomodar as aves a noite.

Quem tem o hábito de deixar a gaiola e/ou viveiro no quintal ou varanda redobrem a atenção.

Todo animal tem sua razão de viver, seu lugar na natureza e a função de manter o equilíbrio dela, por este motivo todos eles merecem nosso respeito.

Espero que ajude 🙏

Renata Martins






Manifestação amipsitas!!!