terça-feira, 26 de maio de 2020

Piolho em aves

PIOLHOS EM AVES



O piolho é uma praga que afeta quase todas as espécies de aves e mamíferos. Esse parasita se fixa a pele para se alimentar do sangue e/ou de resíduos da epiderme, causando intensa coceiras na região mordida. Mesmo sendo minúsculo, a infestação de piolhos em aves domésticas acaba gerando bastante dor de cabeça aos tutores.

Provocam diversas zoonoses e necessita de tratamento adequado. Normalmente se alojam na superfície do corpo dos animais. No caso dos pássaros, ficam na pele, penas e até mesmo nas narinas, o que causa muito incômodo. Os piolhos em aves são tão graves que podem causar o óbito em casos não tratados adequadamente.

Existem diferentes espécies de piolhos que podem atingir os pássaros. Atualmente, já foram catalogadas mais de 40 espécies de piolhos. Todos pertencem à família do malófago, ou seja, ectoparasitas de aves e mamíferos que não sugam sangue, pois possuem aparelho bucal triturador e nutrem-se com a substância córnea da epiderme, das penas e dos pelos.

A maioria dos piolhos está espalhada por todo o planeta, podendo afetar tanto aves domésticas quanto as selvagens, de todos os tamanhos e idades. Além disso, animais infectados geralmente abrigam mais de um tipo de piolho em seu corpo.

Dentre essas 40 espécies conhecidas, 6 delas são as mais frequentes em aves domésticos.

O primeiro é o "piolho das asas", popularmente conhecido por "piolho desplumante", pois se alimenta das penas. Possui um corpo cinza em diversos tons e se aloja principalmente nas asas, cabeça e cauda. Aves que contraem esse tipo de piolho logo apresentarão falhas na plumagem e feridas em suas asas.

O "piolho corporal" é o que mais afeta aves domésticas de diferentes espécies. Ao contrário dos outros tipos, esse parasita é mais robusto e pode se alimentar do sangue, da pele e de pedaços das penas. Sua forma é bastante semelhante a uma pulga. Gosta de se alojam em áreas com pouca pena, como em torno da cloaca. No entanto, conforme a infestação avança, pode parasitar o restante do corpo. Essa espécie é muito prejudicial para a saúde da ave, principalmente quando filhote.

Espécie pequena, mas que causa sérios danos à plumagem e saúde das aves, o "piolho da haste" geralmente se aloja no peito, tronco e ombros. Normalmente se alimenta de detritos de pele e sangue das feridas resultante.

Já o "piolho de pomba", parasita frequentemente pombas, porém podem afetar as espécies doméstica. Gosta de ficar na parte interior das asas, onde também deposita seus ovos. Sua dieta consiste em resíduos de pele e penas.

Por último, o "piolho de cabeça". Como o próprio nome já diz, gosta de parasita a área da cabeça e pescoço das aves. Essa espécie não se alimenta de sangue, mas sim de pequenos resíduos da pele e plumagem. Em caso de infestação, o tratamento deve ser rápido para evitar danos mais graves à saúde. Aves jovens e filhotes são os mais atingidos.

O piolho causa muita coceira na ave, que fica muito agitada e se bica para se livrar do incômodo gerado pelas picadas.

Forma de contágio:

Uma ave saudável contrai piolho de duas maneiras: uma delas é no criadouro que cresceu, já sendo adquirida doente ou quando entra em contato com aves domésticas ou selvagens contaminadas, como pardais, rolinhas e pombas. Normalmente, essas aves livres gostam de buscar comida na gaiola dos que estão presos, facilitando o contágio.

Sintomas provocados pela presença de piolho:

O primeiro, e mais visível, sintoma apresentado por uma ave contaminada é a coceira. Ela fica extremamente agitada, se coçando a todo o momento e até se automutilando para se livrar do incômodo. Dependendo do grau de infestação, outros sinais podem surgir, como perda da vitalidade, diminuição do apetite, irritabilidade, queda e perda do brilho das penas, fraqueza, letargia, depressão e pouca cantoria.

Tratamento:

Se notar esses sintomas, leve seu companheiro ao veterinário especializado para garantir que o problema são os piolhos. Diagnosticado corretamente, o profissional indicará algum medicamento para o tratamento, podendo ser encontrado em pet shops. Siga os passos prescritos pelo médico veterinário e pela na bula.

Há também a opção de tratamentos caseiros. É uma maneira efetiva e natural de cuidar do animal infectado. Experimente adicionar algumas gostas de vinagre de maçã no pote que o pássaro usa para tomar banho. Geralmente se usa 10 ml para 1 litro de água. Essa substância mata os piolhos, mas não os ovos, por isso o procedimento deve ser repetido várias vezes. Assim, conforme os parasitas vão nascendo, serão mortos pelo banho de vinagre.

Outra opção é misturar 100 g de fumo de corda com 1 L de álcool de cozinha. Reserve a solução por três dias. Em seguida, retire o fumo de corda e, para cada 100 ml do líquido, acrescente 900 ml de água. Por fim, borrife na gaiola, poleiros e parede que tenham piolhos. Se o bichinho não for arredio, aplique também nas suas penas. Em cerca de 5 dias os parasitas devem morrer.

Antes de iniciar qualquer tratamentos caseiros, consulte o veterinário para saber se é a melhor opção. Dependendo da espécie de piolho, a forma efetiva de erradicação são os medicamentos vendidos em pet shops .

A melhor forma de prevenir piolhos em aves é através da higiene e desparatização.

Prevenção:

A principal forma de prevenção aos piolhos é cuidar adequadamente da higiene do lar e do animal. Higienize regularmente a gaiola e os arredores, e realize desparasitação periódica com orientações de um veterinário. Bichinhos que costumam tomar banho com mais frequência raramente contraem esse parasita, pois dificulta a procriação. Além disso, tente manter a gaiola num local que aves selvagens não tenham acesso, pois são o principal foco de contaminação.

Em casos de infestação, isole a ave dos seus companheiros para não serem contaminados. Se ele estiver sozinho, a gaiola deverá ser trocada. Trate e compre outra casinha ou desinfete-a bem. Todos os cuidados são importantes para prevenir piolhos em aves de estimação.

Cuidado com indicação de medicamentos. É extremamente perigoso.

Renata Martins

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